Um Anjo na Festa de Natal!


A tua primeira festa de Natal na escolinha correu muito bem! Fizéste de anjinho branco num teatrinho mimado peparado pelo Pré-escolar e pode dizer-se que te saíste bem... não tivéste receio de entrar na sala cheia de gente, pais e familiares de muitos meninos da Pré e 1º Ciclo do Colégio, e procurar o teu lugar no presépio, sempre de mão dada com a amiga Leonor, pois claro!
Comenta-se pelos bastidores, que a Leonor, já durante a apresentação, comentou indignada que o teu vestido estava rasgado (pelos tropeções que deste no caminho! Oh, Pipoca, era tão comprido o teu vestido!!!) e que tu, mesmo assim, mantiveste a pose de anjinho barroco, sem nunca sair do figurino (um artista não se atrapalha com os imprevistos ;-) !)...!
A tia Guida, a avó Celeste, o paizola e o avô Zé estiveram presentes e babados, como seria de esperar!

A minha amiga!


A Pipoca tem uma amiga chamada Leonor, a quem se refere carinhosamente de A Minha Amiga.

Como em todas as amizades verdadeiras, existem momentos altos e momentos baixos, daqueles cheios de baixeza, com as amigas a empurrarem-se, a arranharem-se, a atirarem objectos uma à outra. Mas os momentos altos são tantos e tão compensadores que em três tempos estão aos abraços e a partilhar brincadeiras e traquinices... para o bem e para o mal, uma diz mata e a outra diz esfola e ai de quem se meter a roubar os brinquedos ou o triciclo uma da outra!

Ai... a minha pequena Pipoca já tem uma Amiga!



Procura-se... livro ou juízo!



MÃE, gostas de xenhores pêtos?
E um buraco para me enfiar, em plena estação de metro, contigo no colo e o teu dedinho em riste a apontar:
Olh'ali uma xenhora pêta!
E eu, envergonhada até às orelhas, que no meio do frio até senti as mãos e os pés a arder, e mais não soube que dizer:
E olh'aqui uma menina tola... Pode ser que alguma senhora repare e aponte para ti também!
Eu sei que percebes que há um proibido na observação, que não há maldade, que não há mais do que um desafio implícito à minha autoridade e a constatação de uma intrigante fragilidade minha... Mas continuo à espera de um livro que explique o que tão bem sei explicar mas não consigo, no calor do momento, e de um buraco onde me enfiar de cada vez que o teu dedo se levanta no ar!

A Pipoca vai ao Circo!


Ontem fomos ao Circo!
Eu não gosto particularmente de circo, confesso. Desde míuda: nunca gostei da figura do palhaço, sempre tive pena dos animais, nunca gostei do colorido exagerado do circo, das roupas extravagantes (pirosas???) e daquele "ambiente" sinistro de feira... Lembro-me de, inclusivé depois de nasceres, já ter assegurado que um dia irias com o paizola ao circo mas que eu ficaria em casa! Bah! Odeio Circo! MAS... o que nunca ninguém me disse foi que não saberia resistir a um pedido teu, quando a circunstância se impusesse!: Não! Tu também vais!
E vai daí que... o paizola tinha conseguido 3 bilhetes e eis que nos metemos ao caminho do Circo Vitor Hugo Cardinali!
Não demonstráste grandes receios, portáste-te muitíssimo bem, sempre sossegada durante todo o espectáculo (1h30!!!) e gostáste particularmente do gico, dos Palhaços e do balão que o pai te comprou no final!
Não ligáste quase nada aos trapezistas (eu gostei muito do nome da trapezista: Catarina Sabrina! Ehehehe!), malabaristas e acrobatas e os animais foram observados com desconfiança: os leões eram fofinhos mas pareciam ferozes e os camelos e os cavalos pareciam tontos, a andar em circulos!
Hoje na escola, a Teresa diz que já estás farta de falar do circo e dos palhaços!
Eu acabei por gostar de Circo... porque desta vez gostei com o Coração. Gostei com a tua expressão divertida, com as tuas risadas a acompanhar as piadas dos palhaços (foi giro quando um deles chamou camarão ao Senhor Apresentador do espectáculo e te vejo a rir e a repetir: ...camarão, olha olha...!. Gostei com o teu olhar cúmplice a temer os leões e o teu ar espantado quando a Partenaire do Mágico desapareceu do saco vermelho e apareceu lá o Mágico no lugar dela!!!
Sabes? Gostei com o entusiasmo de te levarmos a um lugar novo pela primeira vez... e gostar assim é tão importante como gostar, só porque se gosta!