Dia mau...



Hoje, de manhã, os meninos do Pré Escolar, apanharam um grande susto. A caminho de uma visita de estudo a Monsanto o autocarro despistou-se (por culpa de um veículo ligeiro) e virou. A educadora, Teresa, e a Anabela estão no hospital com ferimentos ligeiros e em observação. Três meninos foram observados também por ferimentos ligeiros e os restantes regressaram ao colégio muito nervosos e agitados, acompanhados por uma excelente equipa do INEM e Protecção Civil que foram incansáveis, nomeadamente na prestação de apoio psicologico aos meninos e aos pais que entretanto foram chegando.
Eu estou, ainda, muito nervosa, também. Foi uma manhã agitada e o meu coraçãozinho ficou muito inquieto pelos meus pequeninos... fui ajudar a recebê-los e fiquei contente porque estavam, apesar de tudo, a encarar as coisas de uma forma descontraída mas... oh meu deus, o acidente foi tão aparatoso que nem imagino o susto que levaram, coitadinhos! Só me apetecia abraçá-los a todos (o que foi quase possível porque muitos correram para mim a contar que «o autocarro caiu»!)...
Bem, no meio de tanto azar a sorte foi mais que muita... dizem quem viu as imagens na televisão que parece um milagre que todos tenham sobrevivido!
E estas coisas fazem-me pensar em ti. Estou muito ansiosa para te abraçar, meu anjo doce...

A moda do Pisca-Pisca...



Tu realmente não existes... Contigo a vida é uma animação...! A cada dia que passa estás mais gira, divertida, bem disposta e esperta... ás vezes, nem sei de onde vem tanta esperteza saloia... hihihi!...
No domingo á tarde:
«Filipa, não! Pára de destruir o tapete (daqueles de espuma que é um puzzle)!!! Não, deixa isso!»
Nada. Mais valia estar calada, o resultado era o mesmo! Ideia luminosa:
«Olha, bébé, queres leitinho? Tá na hora do leitinho. Anda que a mãe vai fazer... »
Acenas que sim com a cabeça. Um último olhar ao tapete. Eu repito:
«Anda bébé
E segues, toda emproada, á minha frente. Corredor a fora, segues o teu caminho, como que a ir para a sala e eu entro na cozinha. Ponho água no jarro eléctrico. A água ferve. Ponho no biberom, misturo água fria, misturo o pó, e penso: mas que raio, porque é que ela está tão calada na sala?
Na sala??? Qual sala??? Assim que entrei na cozinha, deste meia volta e voltáste ao quarto!!! Quando la cheguei, metade do tapete estava destruído!!! E tu, com um ar muito inocente de mão estendida a oferecer-me um bocadinho do tapete... ehehehe!!!
E esta, ainda no domingo...
Tu não gostas nada de ver o paizola e a mãezola a namorar... Estávamos os dois sentados no sofá enquanto andavas de um lado para o outro atarefadíssima a desarrumar tudo. Eu e o paizola coméçamos a dar uns beijinhos e tu vieste logo a correr dar-me palmadas nas pernas. Como não te ligámos nenhuma afastáste-te e, de repente... «pum!» Trambolhão seguido de choradeira! Fomos a correr pegar-te no colo enquanto eu pensava: «caramba, como é que ela conseguiu cair aqui? Hum... não pode ter tropeçado em nada e nem há papel no chão que a tivesse feito escorregar... Cá p'ra mim caiu mas foi de propósito! Eheheh!!!» No meu colo calaste-te quase de imediato e ainda estiveste um bocadinho a fazer charme... só rir! O que é certo é que eu e o paizola não demos mais beijinhos! Missão cumprida!
Senhoras e senhores, a moda do pisca-pisca!!!
Pois, é... não sei como consegues, mas é um facto: consegues. De há uns tempos para cá, se te pedirmos, piscas-nos o olho!!! Nem eu, ás vezes, consigo logo á primeira, mas tu piscas o olho cá com uma facilidade que ás tantas o paizola até fica com medo que fiques com algum tique...!!! Hihihi!!!
Confesso que não sei onde vais buscar estas coisas, sendo tão pequenina... ou será que sou eu que ainda te vejo tão pequenina? É provável...



NASCEU O PEQUENO
RODRIGO!!!
PARABÉNS Á TIA TÂNIA E AO TIO NUNO!!!

Ser ou não ser...


Já acabei de ler o livro. A dada altura, ainda no decorrer das investigações sobre o desaparecimento da miúda, desinteressei-me do caso. Eram tantas e tão contraditórias as informações veículadas pela imprensa, o espectáculo mediático tão desconcertante, que deixei de ter opinião. Tudo pareceu sempre tão complexo e descabido que não era possível continuar interessada... mas a curiosidade sobre os factos levou-me a comprar este livro e a lê-lo até ao fim.

Para que saibas, esta menina de 4 anos, de origem inglesa, desapareceu numa noite, do quarto onde dormia com os irmão gémeos de 2 anos, enquanto os pais jantavam com um grupo de amigos num restaurante a 100m do respectivo apartamento, no decurso da sua estadia de férias, na Praia da Luz, em Lagos. As investigações duraram meses.

Desta leitura aqui ficam as minhas impressões:

1º A nossa polícia não tem procedimentos de rotina estipulados para investigar casos que envolvam este tipo de desaparecimentos: fica-se com a impressão que não estamos culturalmente preparados para tratar com naturalidade e desde o primeiro momento hipóteses que envolvam a responsabilidade directa dos pais. Daí que os pais da Maddie tenham conseguido ter tido sempre influência directa ou indirecta, intencional ou não, no decurso das investigações.

2º É inequívoco que o testemunho da amiga do casal que deu lugar á investigação da tese do rapto serviu os interesses dos pais da menina, certamente preocupados em ocultar a morte da Madie. Ela morreu: disso não podem restar dúvidas depois de chamados a intervir os cães treinados (um para farejar odor de cadáver, outro para detectar a presença de vestígios hemáticos - sangue). Ambos assinalaram estas presenças nos mesmos locais: o carro, alugado 20 dias depois do desparecimento, e atrás do sofá que existia junto a uma janela no apartamento de férias do casal. Para que se saiba, estes cães já ajudaram a desvendar crimes muito complexos.

3º É horrivel que as autoridades britânicas tenham colaborado de forma ostensiva com os pais da menina na ocultação da verdade. Médicos influentes ou não, a verdade é que a história trágica daquela criança não pode ser descoberta e contada. É triste que uma criança tão pequena tenha desaparecido assim e, de repente, a sua vida ter começado a valer apenas o espectáculo, a quantidade de dinheiro envolvida em fundos de buscas, os programas televisivos, a desgraça dos pais...

Considerações culturais e sociais á parte, não acho natural uma mãe sedar os filhos para poder ir divertir-se com marido e amigos (facto não provado mas que só assim explica como os dois gémeos dormiam placidamente nos seus berços enquanto a algazarra se instalava no apartamento depois de dado o alerta), voltar a abandonar dois filhos sozinhos enquanto volta ao restuarante para pedir socorro, passear-se em frente a câmaras de televisão diariamente, alimentando boatos, rumores, informações contraditórias. Hoje sou mãe e tenho a certeza: não se comportou como mãe a quem desapareceu um filho, que acredita nas mãos de predadores. Nunca se confrontou verdadeiramente com esse medo. Nem no momento em que os deixou sozinhos (porque o fez), nem depois (porque alardeou tanto essa possibilidade que transformou a própria filha num alvo a abater - que raptor arriscaria ter consigo uma criança tão conhecida?). Talvez porque saiba que a Maddie morreu em consequencia de uma queda do sofá ao tentar chegar á janela que dava para o restaurante...

Muita tinta correu sobre a excassez de lágrimas desta senhora, sobre a sua aparente frieza. Não creio que isso seja relevante. O coração dela vai chorar o que fez e o que deixou de fazer e devia ter feito até ao último dia da vida dela.

E vamos aos testes...!

Ontem foi dia de consulta com o dr. Velho.
Bem, para começar ficámos a saber que neste último mês e meio ganháste quase tanto peso como aquele que andávas a ganhar em 3 meses...! Além do mais subiste de percentil (10-25) de comprimento. Neste último mês e meio cresceste 3 cm!!!

Mas, para podermos ficar completamente descansados, o Dr. Velho passou um hemograma muitíssimo completo, com parâmetros específicos para despiste de doença celíaca e má absorção intestinal (Teste da D-Xilose). Além disto, Urina tipo II e uma radiografia carpal (mão) para determinação de idade óssea para confirmação de idade fisiológica e potencial de crescimento, sendo que permite inclusivé estimar a altura que terás em idade adulta. Isto servirá de indicador para avaliar se estás a crescer dentro do teu potencial.

Estou satisfeita pela oportunidade de arrumar este assunto de vez, tranquila pelos 95% de certeza que o Dr. Velho tem de que está tudo bem e que os resultados o comprovarão, contente por teres evoluído no peso e aproximado do percentil 5. Acho que apesar de teres começado a andar estás emocionalmente mais calma e isso também deve ajudar a desacelerar o metabolismo... até aos 11 meses acho que eras muito agitada!

Ai, caraças, ontem só pensava em como estavas tão contente por estares comigo á tarde e em como eu própria seria tão mais feliz se pudesse trabalhar sempre só de manhã... pena os patrões não irem na conversa...

Encontrei cabeleireira, vivinha da silva, de boa saúde e que se recomenda!!!!

Sim, aqui ao lado do Colégio há um cabeleireiro da cadeia Jean Louis David e, lá, um anjo negro salvou-me das garras de uma cabeleira mal cortada! Agora está curto mas muuuuuito e incomparavelmente mais bonito!

Sou uma nova e renovada mulher!

Cabeleireira procura-se... viva ou morta!


Que raiva... eu só gostava de perceber que raio de parvoíce lhes passa pela cabeça quando nos cortam o cabelo...!!! Eu pedi uma coisa, a cabeleireira fez outra! Porquê??? É a tirania de quem comanda a tesoura, que decide o aspecto com que vamos sair á rua nos próximos meses... porque é que não fui sossegada para casa e me havia de lembrar de meter a cabeça nas mãos daquela psicopata tresloucada que só sabia dizer: «oh, não, filha, então ainda tem aqui tanto comprimento de cabelo...» ??? Não me digam que ainda havia de cortar mais! Queria tirar-me o escalpe, é o que é!!! Malvada...
Oh, tristeza a minha, filhota... o que vale é que gostas de mim á mesma e nem ligáste nada ao meu novo visual... Love you!

Nem tudo o que mal começa...



O fim-de-semana começou com uma bela birra... na sexta-feira, quando eu e o teu paizola chegámos a casa da avó Benilde para te ir buscar, não quiséste o meu colo e pediste o colo da tia Guida (que chegou conosco). Não querias sair do colo dela e nem vestir o casaco para sair de casa... fiquei tão triste... Gosto da tua independência e de saber que ficas bem seja com quem fôr. Mas, ao mesmo tempo, acho que ás vezes fico á espera que me mostres que tivèste saudades... e, todos os dias, só depois de estarmos em casa é que percebo a tua felicidade por estares comigo e com o paizola. Em casa da avó, nunca há grandes atenções para mim... Tolice minha, acredito. Ainda assim, não posso evitar recear que não esteja a construir um vínculo assim tão forte entre nós e essa ideia dá-me um nó na barriga. Acredita que não tenho ciúmes. Adoro saber que gostas muito das pessoas que te são próximas e que te sentes amada por elas... isso é muito importante para mim. Suponho que só faltava sentir-me sempre especial sobre todas elas... enfim, tolices de mãe.
Adiante. Esta foto é uma imagem do restaurante de Ferragudo onde almoçamos muitas vezes. Nele, já foste protagonista de muitas birras. Ultimamente era quase impossível manter-te sossegada no carrinho enquanto almoçávamos. Mas desta vez portáste-te como uma senhora!!! Sentadinha na cadeirinha de bébé, à mesa conosco, debicáste pãozinho e peixinho e não houve grandes choraminguices! Espero que em breve possamos voltar aos almoços fora de casa (já que jantar é impossível, por causa da tua hora de deitar), com os nossos amigos. De vez em quando, ao fim-de-semana havia de saber bem!
De resto, houve piscina, muitas andanças de um lado para o outro, sestas, passeio e gracinhas, na companhia dos avós e da tia Ana e do tio Marco e do primo Gabriel que está muito crescido e mimoso! Uma ternura!
E houveram muitos miminhos da mãe, pois claro!

SeriaSimples
SeSoubessemosSentir
SaudadesSemSofrer...


É uma mãe que explica o mais calmamente que consegue: «não vejo a minha filha há mais de um mês, o pai levou-a sem o meu consentimento... não sei se ela virá sequer quando as aulas começarem.» E os nossos olhos enchem-se de água.
A condição para ficar aqui é que a mãe não possa ter contacto com a menina, até que tudo se resolva em tribunal. E assim vai ser. No primeiro dia de aulas a mãe apareceu... mas só para ver as fotografias da filha que o pai deixou para o processo: «se pudésse ser, eu gostava muito...» E o meu coração ficou, de súbito, tão pequeno e apertado e a tua imagem veio, sem querer, á minha cabeça que não tive outro remédio senão sair. Ao mesmo tempo, a menina brincava no pátio, alheia a tudo. Longe e perto.

Mais um ano... no Colégio!


Ontem foi a reentré do ano escolar. Mais um que vai passar num instante.
Hoje foi a recepção aos alunos mais crescidinhos aqui no Colégio e foi uma agitação. Muitos pais atarefados. Muitos meninos novos bem nervosos. Muitos meninos da casa ansiosos por reencontrar os colegas. Quase todos bem maiores e bonitos e assim se percebe que já tinha saudades das suas carinhas larocas por aqui...! Amanhã recomeçam as aulas e com elas toda uma nova vida neste espaço, feita de dias que têm tanto de rotineiro como de imprevisto. Trabalhar com crianças é assim.
Ás vezes fico a imaginar como será quando chegar a tua vez... que não tardará, a julgar pela forma como tempo corre sem parar.
De resto, ando ansiosa pela consulta com o Dr. Velho. Marcámos uma consulta intermédia só para discutirmos as questões do teu peso. Continuo encucada com isso e estou decidida a pedir exames para despiste de eventuais problemas.
Nunca te falei da consulta dos 12 meses. Mas, nessa consulta, houve um equívoco quando o Dr. Velho anotou o teu peso na curva dos percentis. Conversámos como se, de facto, pesasses mais 1kg do que o peso que efectivamente tens e saímos de lá satisfeitos por teres voltado ao percentil 5. Já de regresso a casa reparei que a realidade é outra, bem mais confusa para mim: desceste vertiginosamente na curva do percentil (estás muuuuuito abaixo do 5). E continuo a não conseguir perceber como é que isso é possivel. Não quando comes tão bem, quando comparo com outros bébés da mesma idade e até meses mais velhos que comem bem menos, quando te oferecemos alimentos mais calóricos e papas 2 vezes por dia e te permitimos dentadinhas em bolachas e bolos secos. Não entendo.
Não te quero engordar á força. Mas queria entender. Como é possível que aumentar o nível calórico das tuas refeições signifique ganhares cada vez menos peso? Desafia a minha lógica, que admito possa não ser a da medicina mas é a minha. E a somar a tudo isto, temo que os próximos meses agravem a situação porque já andas e a actividade física e motora é cada dia mais intensa, e ainda há o fantasma da famosa anorexia fisiológica do 1º ano de vida: muitos bébés, entre o 1º e o 2º ano perdem apetite e deixam de comer bem.
Por isto e por andar a matutar em eventuais doenças associadas ao baixo peso, como a parasitose intestinal, a doença celíaca ou as intolerências alimentares, nada como discutir, despistar e arrumar de vez este assunto.
Quarta-feira é o tão esperado dia. Até lá, ando para aqui a pensar no que vou dizer na consulta... coisas de mãe!

13 meses a caminhar para a independência!



Ontem, depois de sair do trabalho, fui ter contigo, com a avó Benilde e a tia Guida ao Parque das Nações... sabia que estavam no jardim relvado ao pé do Oceanário (aquele muito giro, todo aos altos e baixos) e apareci. Ohhh! Quando te vejo a apontar para mim, e a correr, passinho atrás de passinho, sem ninguém a amparar, na minha direcção...!!! Até uma lagrimita marota me veio enublar a visão - que afastei rapidamente, pois claro, não queria que nada interferisse com os meus olhos, certo é que precisava de continuar a ver-te bem!!!
Este útimo fim-de-semana fizéste muitos progressos. Lá em casa gatinhas cada vez menos e já fazias muitos trajectos sem apoio nenhum. Mas ver-te assim , completamente desamparada, no relvado de um jardim a correr atrás de outros meninos (que não te ligavam nenhuma, hihihi!!!) foi um acontecimento, apesar de tudo, inesperado...e indescritível!
Mas bem, hoje fazes 13 mesinhos, meu anjo. E, aos 13 meses, já:
  • andas sem apoio (mas ainda hesitante);
  • bebes água sozinha do teu biberom;
  • fazes a coreogafia da música "Doidas, doidas, doidas andam as galinhas";
  • dizes cócórócócó (um som imperfeito mas que soa quase idêntico)
  • comes arroz e esparguete;
  • danças muito;
  • dizes pum quando cais (é só rir!);
  • penteias-te (faz de conta!);
  • usas o pente e agarras as canetas e a colher pelo sítio certo (só não consegues manipular ainda a colher) ;
  • rabiscas coisas sozinha, no papel, manipulando um lápis de cera (leve), por exemplo;
  • dás abraços e fazes festinhas.

De resto, continuas muito bem disposta e as gargalhadas são o prato do dia! Com muito sono ou pouco, estás sempre pronta para brincadeira e galhofa e não páras quieta um segundo! Mas estás muito mais meiga, doce e calma, por contraditório que possa parecer. Seres capaz de te deslocar pelos teus próprios meios lá em casa trouxe-te uma independência que dispensa birras e lamúrias. A única excepção parecem ser as idas ás compras: são um tormento para ti... e para nós. Queres andar no chão, agarrar tudo e, pior, a atenção de toda a gente, o que não é possível, por razões óbvias. Mas não faz mal. Tenho mesmo a impressão que os grandes hipermercados serão, por muito tempo, uma fonte de conflitos e problemas, palco preferido de muitas e insistentes birras, em breve motivadas por outras razões: o consumismo. Sinto-me preparada para alguns braços de ferro, acredita (hihihi!!!).

Bem, já me alonguei mais do que deveria. Como sabes continuo cheia de trabalho. Início de ano lectivo é uma confusão que eu até já tinha esquecido... no ano passado, por esta altura, tinhas um mesinho de idade: mamavas de 2 em 2 horas, dormias que nem um anjo durante o dia (depois de ficares maldisposta e bolçares durante quse uma hora depois do leitinho) e choravas muuuito durante a noite, ehehehe!!! Em contrapartida, eu não sabia o que eram centenas de fotocópias e papel a encravar na respectiva, discos rígidos cheios e downloads importantes para fazer, twin towers de papel para arquivar (raios parta, que não há um taliban para as destruir...), dezenas de impressos para verificar, processos para pedir, ordenados para atalhar... ufa... enfim... hei-de ver o fundo ao saco, se deus quiser!

Férias... oh Férias...!

Ai, patusquela, que saudades das férias... Ontem a tia Ana e o tio Marco passaram-nos umas fotos daqueles nossos diazinhos lá em baixo e bateu cá uma saudade... hum... No próximo fim-de-semana vamos lá, ás Sesmarias, é o que vale! Vai dar para fazer de conta que ainda é verão, já que os dias estão cada vez mais pequenos e o friozinho já aperta pela manhã e ao final do dia. Mas é um desconsolo quando chegamos a casa já de noite... acho que é mesmo o que o Inverno tem de pior: os dias demasiado pequenos!
Hoje, por aqui, é dia de neura, como habitualmente pelas segundas-feiras... as saudades são imensas!
Ah, e já me esquecia... Ontem fomos visitar o primo Diogo que é uma doçura infinita!!! Oh meus deus, que carinha mais simpática e que olhar mais perspicaz... é um olhar que nem parece de recém-nascido, normalmente meio perdido, mas muito atento e e esperto... faz-me lembrar o teu, nos primeiros dias. Sempre achei que nunca tivéste bem aquele olhar dos recém-nascidos... ontem tive a estranha sensação de ver no Dioguito o mesmo olhar... Hum... impressões minhas, só isso. Já se sabe que desejamos ao pequeno Diogo o melhor que esta vida tem para oferecer, com especial protagonismo para a saúde, a boa-disposição e o afecto!
Até já, patusquela linda...
(tenho muito trabalho e não me posso demorar por aqui!)

Brincadeirinha...!Ehehehe!


يا عزيزي ابنه ، أحبك أكثر كل يوم. انا لا اريد ان تكون هذه السرية ولكنني وجدت ادارة لجعل هذا تقوم به. وفي وقت لاحق ، وانا لن ما كتب لكم! قبلات!
(Isto não são caracteres ao acaso, são mesmo frases com sentido, escritas em árabe - uma língua que não estudei mas adorava conhecer - resultado de uma tradução literal de um tradutor automático do Google que estive a experimentar... O que aqui está escrito? Bem, isso agora só eu sei! Se ainda me lembrar, mais tarde te direi!)

Avante, avante... hum... não! Arrête!!!


Pois... próximo fim-de-semana tem lugar a Festa do Avante, na Atalaia, como habitualmente acontece, todos os anos, no primeiro fim-de-semana de Setembro. No ano passado, por razões óbvias, não fomos e eu deixei a promessa de voltarmos lá este ano, desta vez, contigo! Mas o teu paizola não acha viável que vás conosco (porque és uma chata de primeira e nem compras conseguimos fazer contigo sem haver birrinhas, quanto mais...!), muito embora eu até ache que é possível. É ao ar livre, tem muitas pessoas e música e espaços relvados onde podias andar e treinar os passinhos, com o carrinho pequeno da tia Guida e tal... Bem, sou eu que acho isso e não quero forçar as coisas, não vá correr mal e depois ficarmos todos aborrecidos! Por isso, a alternativa seria deixar-te com a avó Celeste e o avô Narciso. Mas... EU NÃO ME APETECE!!! Oh... é um dia inteiro sem ti e não sou capaz. Para estar lá, sempre com o pensamento em ti, a saber que me só me resta um domingo para estar contigo, que depois é uma semana inteira a trabalhar, longe de ti... não, não pode ser. O paizola que me desculpe, os avós que haviam de adorar passar o dia contigo que me desculpem. Mas não consigo.
Não sou mãe galinha. Quem me conhece sabe que não faz o meu género. Por exemplo, não me preocupa minimamente deixar-te com os avós ou com outras pessoas de confiança e, se o fizer, nem penso mais se estarás bem ou mal até á hora de te reencontrar; não passo as noites a caminho do teu quarto para te aconchegar a roupa e nem nunca ando de prevenção atrás de ti com medo que caias e te magoes (sendo óbvio que elimino do teu caminho possíveis obstáculos e elementos de perigo). Mas isto não faz de mim uma mãe mais desapegada... digo-o com algum desassossego porque acho que até poderia ser bom, mas... facto é que eu gosto demasiado da tua companhia, de brincar contigo, de te adormecer no colo, de te mimar, de te observar e estudar os comportamentos... não existem muitas coisas pelas quais troque a tua companhia, neste momento. A seu tempo, e aos poucos, isso mudará, estou certa.
Bem... deixa-me voltar ao trabalho... tenho imenso que fazer.