O Natal está á porta...
Ontem, á hora de almoço, fui com a Laurinda a uma loja de coisas de casa, a Tribo, e pegou-se-me o bichinho dos enfeites de Natal... Acho que, no proximo, fim-de-semana já vou fazer a Árvore e espalhar as decorações pela casa...
Estou curiosa em saber como vais reagir. Será que no dia 25 ainda vão resistir bolas na Árvore??? Ehehehe!!!
De resto, estás muito constipadinha, meu anjo. Mas, graças a deus, não há febre e continuas com apetite, embora mais rabugenta... Á noite tem sido mais complicado adormecer-te. Agora não sabemos se porque este fim-de-semana implicou alterações nas rotinas do sono, se pelo nariz um bocadinho entupido. Talvez pelas duas coisas.
Ás vezes até parece má vontade minha em recusar convites e programas que impliquem ficares acordada muito para além das oito e meia/nove da noite. Mas não é. A minha experiência diz-me que sempre que a hora de deitar é alterada (sobretudo se isso implicar estar fora de casa, com outras pessoas e confusão) andamos uns tempos nisto. As mães que, como eu, descobrem as maravilhas das rotinas (sim, porque é uma maravilha um bébé que dorme das 21h ás 8h da manhã todos os dias ou que come sempre sem birras, mesmo que seja sempre á custa destes hábitos enraízados... e que tanto trabalho deram a instituir!) têm um medo que se pelam de excentricidades e dias excepcionais... Os bébécas adoram fazer sempre as mesmas coisas: a repetição de brincadeiras, de rituais, de situações transmite-lhes segurança. A novidade é algo que eles é que gostam de ter a iniciativa de introduzir. Detestam que sejam os adultos a apresentá-las, isso deixa-os intranquilos. Por essa razão não se põem de pé e andam quando queremos, não aceitam ficar sozinhos se os abandonamos, não seguram o biberom sozinhos para beber o leite quando entendemos que já são capazes: um belo dia soltam as mãos e lá vão eles, abandonam os pais na sala e vão sozinhos para o quarto brincar, tiram-nos o biberon das mãos e recusam-se que o seguremos para lhe dar o leitinho. São exemplos. Dos muitos que eu poderia ficar aqui a enumerar. Por isso repetem a mesma traquinice até á exaustão, vêm o mesmo DVD até o leitor de DVDs já não o conseguir ler, pedem que cantemos sempre a mesma canção ou a mesma história ao deitar, brincam sempre com o mesmo brinquedo ou a mesma garrafa de plástico, desarrumam sempre as mesmas coisas...! O mundo assim é seguro, compreensível e eles sentem que o controlam. E, com isto, controlam as nossas vidas, é verdade. Há meses que não jantávamos fora (o casamento foi a única excepção); há muito tempo que não consigo ver o telejornal quando chego a casa (o DVD de música tem de estar sempre a passar), etc.
E, contudo, costumo dizer sempre: SÓ HÁ UMA PESSOA QUE GOSTA MAIS DAS ROTINAS QUE O BÉBÉ: A MÃE DO BÉBÉ! Concordas comigo, não é?
(E a propósito do Natal, meu anjo, o previsível dilema: como é possível estar com os avós e os tios todos na noite da consoada e deitar-te o mais cedo possível. Não estando, como fazemos no dia 25? Como nos dividimos?... bah!)