Nasceu a Inês!



A mini goda da Inês já nasceu!!!

PARABÉNS AOS PAIZOLAS ANINHAS E BRUNO!!!
Gostava que este post fosse apenas para comunicar esta maravilhosa notícia. Mas, na verdade, não posso limitar-me a faze-lo.
A nossa Inês nasceu ás 34 semanas e 5 dias, de cesariana. Está, graças a deus, muito bem e já soube que saiu entretanto da incubadora, porque, adivinho, tem um optimo peso e não precisa de ajuda para respirar.
A mamã Ana também está bem, apesar das dores e de não poder estar sempre com a sua bébécas.
E é sobre isto que preciso falar. O nascimento da Inês reavivou-me algumas desagradáveis memórias sobre o teu próprio nascimento... Já aqui falei sobre isto, a propósito de outros posts. Mas a verdade é que me revoltam muito as condições em que mamãs e bebés enfrentam os primeiros dias de uma nova vida, na maioria dos hospitais portugueses.
Cesariana ou não. Preamaturo ou não, nenhum bébé deveria ser privado um único minuto da companhia da sua mãe. Excepção para os casos em que a mãe estivesse doente. Nunca noutra circunstância.
Para quem diz (ou pensa) «ah e tal, são só uns dias» ou «ah e tal a mãe também aproveita para descansar» ou «não há dinheiro para maternidades com condições para ter mamãs e bébés no mesmo serviço» eu digo: é por essas e por outras que vivemos a maior crise da família de sempre! Começa nas maternidades (onde crianças se alinham aos magotes e as mães são apenas parideiras que levam para casa uma espécie de produto) e acaba nas escolas onde os pais depositam os filhos e tudo parece desligado do sentido que verdadeiramente tem. A família tem cada vez menos importância em todos os planos: político, social, individual.
Temos de nascer em maternidades, até aceito. Temos de colocar os filhos nas escolas, claro que sim. Agora também temos o direito e o dever de ser tratados com humanismo na nossa vontade de estabelecer os instintivos primeiros vínculos da maternidade. E temos o direito e o dever de ter na escola um lugar de aprendizagens e vivências saudáveis e não um depósito de meninos e meninas das 7h ás 19h!
Confesso que me revolta que em todo o lado se considere sempre a perspectiva do facilitismo: é mais fácil organizar o nascimento de uma criança em função de um acto médico, com protocolos e sem grandes empatias... afinal de contas, uma mãe tem todo o tempo do mundo para estar na sua casa com o seu filho, quando tiverem alta, não é? No entanto, volvidos 2 anos eu ainda me revolto com isto: a tua primeira refeição não foi a mama, estivemos separadas por horas infinitas. Para quê? Porquê?
Beijinho especial á Aninhas e sua pequenina Inês!

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