As tentações da Pipoca...

O post de hoje é inteiramente dedicado ás tuas tropelias...
Na sala de estar:
«Filipa, deixa estar os chinelos do pai!»
Silêncio. Nem olhas para nós quando falamos. Pegas num chinelo que preparas para por na boca.
«NÃO!!! Dá cá isso!»
Novo olhar inocente e dás-nos o chinelo para a mão. O dito regressa novamente ao chão e lá voltas tu á carga. Boa... lá vão os chinelos atirados pelo ar para longe da tua vista.
.........
«Filipa!!! NÃO!!! Meu deus, estás a comer a terra do vaso???»
Novamente o olhar inocente seguido de um franzir do sobrolho quando te levanto do chão a toda a velocidade para te ir lavar a boca e as mãos. Na cozinha, enquanto te passo as mãos por água, colas a tua cara á minha com um ar muito malandro e ris com aquele sorriso safado que muitos de nós já conhecem...
..............
«Filipa, não mexas aí!« (box da Tv Cabo)
Um pequeno sobressalto.
«Sai daí!»
Nada. Nem uma reacção. Começas a puxar o cartão da box. Levanto-me.
«PÁRA!!!»
E ainda uma última tentativa muito rápida e enérgica de tentar sacar fora o raio do cartãozinho maroto que tem, convenhamos, um ar tentador... até a mim me apetece puxá-lo! E pronto, lá voltas tu, um nadinha contrariada, para o teu tapete dos brinquedos. Aqueles a que tu não ligas.
No carro:
Sento-me do teu lado. Mexo na minha mala ou ponho os óculos de sol. Espreitas na minha direcção e logo o dedo apontador acompanhado de um «hã», como quem diz quero isso.
«O que foi? Não, não te vou dar para a mão os meus óculos, nem a mala!»
O «hã« aumenta de intensidade. E pronto. Os meus óculos estão na tua mão.
«Bolas, Filipa! Tinhas de atirar os óculos para esse lado?!!! Agora não consigo apanhá-los!!! Obrigadinha...»
Novamente «hã»...!
Na cadeirinha da cozinha:
«Queres uma bolacha?»
Acenas que sim. Pomos a bolacha na tua mão e tu ris de satisfação... Uma trinca. Fica logo partida em duas. Uma em cada mão. Com uma das mãos ofereces a bolacha ao paizola, depois a mim e ris se nós a trincarmos ou fingirmos trincar. Muitas vezes depois de estenderes a mão para nos oferecer, tiras logo muito rápido. Largas o primeiro bocado.
«Não vais deitar fora! Papa, filha!»
Mastigando o restinho que tens na boca, olhas-nos com o tal sorriso safado, trocas a outra metade da bolacha de mão e metes o respectivo braço de fora da cadeira.
«NÃO! Não deites para o chão! Depois não há mais!!!»
E a mãozita marota abre-se enquanto olhas para nós e a bolacha cai no chão!
«OHHHH!!! Agora não presta, a Filipa atirou para o chão!»
E, como não há nada como ver para crer, espreitas na direcção da bolacha estatelada no chão e refilas «hã!»
No elevador ao colo do paizola:
Inclinas a cabeça a olhar para o paizola, com um ar muito doce e simpático, quase enternecedor. O paizola está visivelmente babado. Tu manténs o sorriso e zás, sapatada nos óculos que voam em direcção ao chão!
«Filipa, não se faz isso!!! Não se estraga os óculos do pai!!!!»´
'Ta bem abelha!

1 comentário:

Carla Pedro disse...

Eheheheh... Pipoca malandreca... adorei saber das tuas "tropelias"... aproveita e faz todas as que puderes enquanto te é permitido... daqui a uns anitos o cenário muda e por cada "asneira" que fizeres terás de te justificar a um suposto superior (a mama, o papa, o/a professor(a), o/a chefe,...)enfim... uma chatice ;-) Por isso APROVEITA, eheheh! Zubas grandes para ti e para a mae Eli da tia Carla P. e do, mto bem instalado, primo Diogo Ameixinhas!